TCU investiga viagens e investimentos suspeitos do presidente da Previ

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Foto - Leo Pinheiro
Foto - Leo Pinheiro

O Tribunal de Contas da União (TCU) está investigando possíveis irregularidades envolvendo o presidente da Previ, João Fukunaga, relacionadas a viagens internacionais e decisões de investimento do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Um relatório técnico aponta que aportes, como a compra de ações da Vibra (antiga BR Distribuidora), podem ter sido usados para garantir cargos estratégicos em conselhos de administração, conhecidos por oferecer remunerações elevadas.

Apesar de a Previ afirmar que está reduzindo sua exposição em renda variável, o relatório indica que houve aumento na participação na Vibra, contrariando a política declarada do fundo. Além disso, as viagens de Fukunaga para países como Japão e Portugal levantaram suspeitas devido à proximidade com negociantes conhecidos por métodos não ortodoxos na administração pública.

O caso foi encaminhado à Controladoria-Geral da União (CGU), à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF). Durante a sessão no TCU, o ministro Bruno Dantas destacou a importância da cooperação entre as instituições para aprofundar as investigações. “O TCU não dispõe de instrumentos de persecução penal, mas o MPF e a PF podem avançar na identificação de irregularidades”, afirmou.

A Previ, maior fundo de pensão do Brasil, administra cerca de R$ 270 bilhões e atende mais de 190 mil beneficiários. Em 2024, o fundo registrou um déficit de R$ 17,6 bilhões no Plano 1, seu principal plano de benefícios. A defesa de Fukunaga argumenta que os investimentos seguiram critérios técnicos e que os resultados negativos da Vibra refletem questões conjunturais do mercado.

Fonte: Redação

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