A oposição na Câmara dos Deputados está mobilizada para assegurar a tramitação em regime de urgência do projeto de lei da anistia. Com 265 assinaturas já coletadas, oito a mais do que o mínimo necessário, o líder do Partido Liberal (PL), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), avalia antecipar a apresentação do requerimento à Presidência da Casa caso perceba que parlamentares estão retirando seus apoios devido à pressão do Palácio do Planalto.
Inicialmente, a oposição planejava discutir o tema na reunião de líderes marcada para o dia 24 de abril. No entanto, a possibilidade de perder assinaturas levou Cavalcante a considerar a antecipação como uma tática para garantir a continuidade do processo. A estratégia inclui aumentar ainda mais o número de apoiadores, com a expectativa de conquistar cerca de 30 votos adicionais.
Para evitar pressões governistas, o PL chegou a retirar do ar a lista de parlamentares que assinaram o requerimento de urgência. Essa medida visa proteger os congressistas de possíveis retaliações e assegurar o apoio necessário para a tramitação do projeto.
O projeto de lei da anistia tem gerado intensos debates no cenário político, com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro defendendo a proposta como uma forma de proteger parlamentares e outros envolvidos em atos políticos controversos. Por outro lado, o governo busca enfraquecer o movimento, pressionando deputados a retirarem suas assinaturas.
A articulação da oposição reflete a polarização política no Brasil e a disputa por influência no Congresso Nacional. A antecipação do requerimento pode ser decisiva para o futuro do projeto, que continua a ser um dos temas mais discutidos na política brasileira.
Fonte: Redação
