Diretor da Abin é intimado pela PF em investigação sobre espionagem ilegal

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Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Abin – Foto: Agência Senado

A Polícia Federal intimou Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Agência Brasileira de Informações (Abin), para prestar depoimento no inquérito que investiga um esquema de espionagem ilegal. A audiência está marcada para quinta-feira, dia 17 de abril. O objetivo é apurar se houve obstrução por parte da atual gestão nas investigações sobre o uso da Abin durante o governo Bolsonaro para monitorar autoridades, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além de verificar se houve autorização para espionagem de autoridades paraguaias.

A investigação, iniciada em 2023, revelou que policiais e servidores da Abin formaram uma organização criminosa para invadir celulares e computadores sem autorização judicial. A ferramenta FirstMile foi utilizada para monitorar desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar da expectativa de conclusão das apurações até o final de 2024, o caso ainda está em andamento.

Outro ponto de destaque é a acusação de que a atual gestão da Abin teria mantido operações de invasão hacker a sistemas do governo do Paraguai, com o objetivo de obter dados sigilosos sobre negociações relacionadas à usina de Itaipu. Segundo depoimentos, essas ações começaram no governo Bolsonaro e continuaram no governo Lula, com autorização de Corrêa e do diretor interino Saulo de Cunha Moura. O governo Lula afirmou ter interrompido as operações assim que tomou conhecimento delas, em maio de 2023.

A intimação de Corrêa coloca em polos opostos duas figuras de confiança do presidente Lula: o próprio diretor da Abin, que foi chefe da Polícia Federal durante o segundo governo do petista, e Andrei Rodrigues, atual chefe da corporação e responsável pela segurança de Lula na campanha de 2022.

Fonte: Redação

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