Rodoviários mantêm greve em Manaus pelo segundo dia

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Foto Lucas Macedo

A paralisação dos rodoviários em Manaus segue pelo segundo dia consecutivo, impactando diretamente cerca de 300 mil usuários do transporte coletivo na capital amazonense. A greve, iniciada após autorização judicial, envolve 30% da frota de ônibus e tem como principais reivindicações o reajuste salarial de 12% e a manutenção do espaço destinado aos cobradores em algumas empresas.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), 397 veículos de sete empresas estão parados desde as 4h desta quarta-feira (16). Usuários do Terminal 3, na Zona Norte de Manaus, relataram maior demora na chegada dos ônibus em comparação ao primeiro dia de greve, além de tumultos para embarcar nos coletivos. Francisco Silva, autônomo que aguardava transporte, desabafou: “Ontem foi difícil e hoje está sendo pior, tá demorando mais ainda.”

A decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT 11) determinou que 70% da frota deve operar nos horários de pico, das 6h às 9h e das 17h às 20h, enquanto nos demais horários, a circulação mínima deve ser de 50%. O descumprimento dessas normas pode acarretar multa de R$ 60 mil por hora. Além disso, a Justiça proibiu bloqueios nas garagens das empresas e ações que impeçam o funcionamento do serviço público essencial, estipulando que manifestações devem ocorrer a pelo menos 150 metros das entradas dos estabelecimentos.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Manaus, Givancir Oliveira, afirmou que a paralisação inicial foi um “aquecimento” para a greve oficial, iniciada nesta quarta-feira. No entanto, o movimento não se intensificou e não há previsão de ampliação, segundo o sindicato. As negociações entre os rodoviários, o Sinetram e a Prefeitura de Manaus, realizadas na terça-feira (15), não avançaram.

A Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), destacou o respeito ao direito de manifestação dos trabalhadores, mas reforçou a importância de preservar a qualidade e a regularidade do serviço público de transporte. O Sinetram, por sua vez, afirmou que as negociações continuam, com propostas sendo apresentadas por ambas as partes em busca de soluções equilibradas.

Fonte: Redação

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