Familiares dos presos pelos atos criminosos de 8 de janeiro estão se mobilizando para pressionar o Congresso Nacional a avançar com o Projeto de Lei da Anistia. A estratégia, apelidada por eles de “solução Glauber Braga”, envolve a realização de uma greve de fome dentro da Câmara dos Deputados, com apoio de parlamentares da base bolsonarista.
O movimento surge como resposta direta à recente decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que cedeu à greve de fome de nove dias feita pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Motta se comprometeu a não pautar, por 60 dias, a votação da cassação do parlamentar no plenário, após protesto relacionado a uma decisão do Conselho de Ética.
Inspirados nesse desfecho, os familiares dos detentos acreditam que podem usar tática semelhante para forçar a tramitação em regime de urgência do projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos. A proposta, apoiada por parte da base aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro, enfrenta resistência significativa dentro do Congresso.
Um parlamentar bolsonarista, ouvido sob condição de anonimato, disse estar indeciso quanto ao apoio à greve de fome. “No começo, fiquei surpreso, mas depois percebi que é uma reivindicação que, para os familiares, faz todo o sentido”, declarou.
A expectativa dos organizadores é que a ação chame a atenção da opinião pública e pressione a Câmara a incluir a proposta na pauta de votações.
Fonte; Redação
