O Ministério da Saúde anunciou o início do processo para incorporar a vacina contra herpes-zóster ao Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, o imunizante está disponível apenas na rede particular, com um custo médio de R$ 600 por dose. A iniciativa foi impulsionada pela deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO), que formalizou o pedido ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em audiência realizada no dia 22 de abril.
A herpes-zóster, causada pelo vírus Varicela-Zoster, é mais comum em pessoas com mais de 50 anos ou com o sistema imunológico enfraquecido. A doença provoca dores intensas e lesões na pele, podendo levar a complicações graves, como cegueira, surdez e até paralisia cerebral. Após a pandemia de Covid-19, houve um aumento de 35% nos casos, o que intensificou a preocupação dos médicos e especialistas.
O processo de inclusão da vacina ao SUS está em fase inicial e passa pela análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Essa etapa envolve estudos técnico-científicos e avaliação de viabilidade econômica. Segundo o ministro Alexandre Padilha, a vacina contra herpes-zóster é uma prioridade para o governo, que pretende realizar campanhas de vacinação amplas após a aprovação.
A expectativa é que o processo seja concluído em 2026, permitindo que a vacina seja oferecida gratuitamente pelo SUS. “É uma vacina de boa qualidade, mas é muito difícil as pessoas terem acesso. Pode ter certeza: é uma prioridade nossa, enquanto ministro da Saúde, que essa vacina possa estar no SUS”, declarou Padilha.
Os sintomas mais comuns da herpes-zóster incluem lesões na pele, dores nevrálgicas, febre, dor de cabeça e mal-estar. Entre as complicações possíveis estão infecções bacterianas secundárias, ataxia cerebelar, trombocitopenia, síndrome de Reye e nevralgia pós-herpética, que pode causar dores persistentes por semanas após a erupção cutânea.
Fonte: Redação
