A Polícia Federal (PF) realizou a operação Sem Desconto, que revelou um esquema de fraude massiva no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Durante a ação, foram apreendidos ao menos R$ 41 milhões em bens e valores, incluindo carros de luxo, joias e dinheiro em espécie.
Segundo dados preliminares da investigação, divulgados nesta segunda-feira (28), apenas em dinheiro vivo foram apreendidos R$ 1,734 milhão, somando valores em reais e moedas estrangeiras. Além disso, a operação resultou na apreensão de 61 veículos, avaliados em R$ 34,5 milhões, e 141 joias, estimadas em R$ 727 mil. Outros itens confiscados incluem máquinas, equipamentos e objetos de arte.
O esquema fraudulento consistia na realização de descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS. Os valores descontados eram repassados a associações, teoricamente remuneradas por serviços oferecidos aos beneficiários. No entanto, a investigação revelou que a maior parte desses descontos era feita sem a devida autorização dos aposentados e pensionistas, utilizando-se de falsificação de assinaturas e documentos.
Os desvios, que ocorreram entre 2019 e 2024, podem alcançar a cifra impressionante de R$ 6,3 bilhões, de acordo com estimativas. Até o momento, seis pessoas ligadas às associações suspeitas foram presas. A Justiça também determinou o afastamento de toda a cúpula do INSS e de um policial federal supostamente envolvido no esquema.
Entre os afastados, está Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS, que foi demitido pelo governo logo após a operação. Stefanutto está sendo investigado pela PF por suspeita de omissão no caso.
Fonte: Redação
