Bruno Henrique e a investigação sobre manipulação de apostas: Justiça nega sigilo e autoriza envio de provas

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Bruno Henrique, jogador do Flamengo - Foto Reprodução Instagram @b.henrique

A Justiça do Distrito Federal negou, nesta quarta-feira (30), o pedido de sigilo na investigação que apura se o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, beneficiou apostadores ao tomar um cartão amarelo em um jogo contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023. Além disso, o juiz Fernando Brandini Barbagalo autorizou a Polícia Federal a compartilhar as provas colhidas com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que pode instaurar um novo inquérito contra o jogador.

Bruno Henrique e mais nove pessoas foram indiciadas no mês passado por supostamente apostarem que o atacante receberia um cartão amarelo contra o Santos, com o conhecimento de que ele forçaria a advertência durante a partida. Entre os indiciados estão seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, sua esposa, Ludymilla Araújo Lima, e sua prima, Poliana Ester Nunes Cardoso, que teriam realizado apostas.

A Polícia Federal encontrou mensagens no celular de Bruno Henrique que indicam um possível envolvimento no esquema. Em uma delas, seu irmão pergunta quando ele tomaria o terceiro cartão amarelo, e o jogador responde: “Contra o Santos”. As investigações começaram em agosto de 2024, após operadores de apostas relatarem movimentações suspeitas relacionadas ao cartão amarelo recebido pelo atleta.

O juiz Barbagalo também determinou que a Blaze, uma das operadoras que teria recebido apostas no cartão de Bruno Henrique, forneça dados relacionados a quatro dos indiciados pela Polícia Federal. A casa de apostas foi citada em conversas extraídas dos celulares dos investigados, mas ainda não havia compartilhado as informações solicitadas pelos investigadores.

Apesar do indiciamento, o Flamengo decidiu não afastar Bruno Henrique do elenco. O atacante deve ser titular na partida contra o Botafogo-PB, pela Copa do Brasil. Ele nega que tenha beneficiado apostadores ao ser advertido contra o Santos.

O relatório da Polícia Federal será analisado pelo Ministério Público do Distrito Federal, que decidirá se oferecerá denúncia contra os envolvidos. Caso a denúncia seja aceita, Bruno Henrique e os demais indiciados poderão enfrentar um processo judicial, com penas que variam de dois a seis anos de reclusão por fraude esportiva e de um a cinco anos por estelionato.

Fonte: Redação

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