O Ministério do Comércio da China declarou nesta sexta-feira (2 de maio) que está avaliando uma proposta dos Estados Unidos para iniciar conversas sobre a guerra comercial entre os dois países. No comunicado oficial, Pequim afirmou que os norte-americanos devem demonstrar sinceridade e estar dispostos a corrigir suas práticas equivocadas, além de cancelar tarifas unilaterais.
Segundo o governo chinês, qualquer diálogo só será produtivo se os EUA estiverem dispostos a rever suas políticas tarifárias. “Se os EUA não corrigirem suas medidas equivocadas e unilaterais, isso simplesmente indicará que não são sinceros e prejudicará ainda mais a confiança mútua entre as partes”, afirmou o ministério.
Pequim também alertou que usar conversas como pretexto para coação e extorsão não funcionará, reforçando que deseja um acordo baseado em respeito mútuo.
A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo se intensificou desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou novas tarifas em 2 de abril. A medida afetou mais de 180 países e regiões, com taxas de 34% sobre produtos chineses importados pelos EUA.
Em resposta, a China aplicou tarifas de mesma magnitude sobre itens norte-americanos. O embate escalou nas últimas semanas, com os EUA impondo uma tarifa de 145% contra a China, que retaliou com taxas de 125% sobre produtos americanos.
Nos últimos dias, Trump afirmou que autoridades chinesas têm entrado em contato para estabelecer negociações comerciais e declarou que há “muitas boas chances” de se chegar a um acordo. No entanto, Pequim negou que haja conversas em andamento e pediu que Washington dialogue de maneira “justa, respeitosa e recíproca”.
Além disso, o governo chinês advertiu que está disposto a lutar até o fim em uma guerra comercial, caso os EUA não apresentem uma proposta viável.
Fonte: Redação
