A conta bancária da professora Larissa Rodrigues Garnica, de 37 anos, foi movimentada após sua morte, segundo informações divulgadas pelo advogado da família. Larissa foi encontrada sem vida em março deste ano, vítima de envenenamento, e o principal suspeito do crime é seu marido, o médico Luiz Antonio Garnica, que está preso.
De acordo com o advogado Matheus Fernando da Silva, as movimentações ocorreram no primeiro dia útil após o enterro da professora. Entre as transações identificadas estão pagamentos bancários, quitação de boletos e cobranças de tags de estacionamento de shoppings.
Larissa havia recebido uma quantia em dinheiro após a morte de sua mãe, referente a um seguro de vida partilhado entre ela, seu pai e seu irmão. No entanto, a professora abriu mão do valor, que foi repassado ao pai.
O advogado afirma que, no período das movimentações bancárias, o celular da vítima estava com Luiz, que só entregou o aparelho à polícia quando se apresentou à delegada responsável pelo caso.
O corpo de Larissa foi encontrado pelo marido na manhã do dia 22 de março, no apartamento do casal, localizado no bairro Jardim Botânico, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
A polícia identificou indícios de envolvimento de Luiz no crime devido à forma como ele encontrou o corpo da esposa, já em rigidez cadavérica, e por sua tentativa de limpar o apartamento antes da chegada da perícia, o que foi interpretado como uma ação para ocultar provas.
Além disso, uma testemunha relatou que, cerca de 15 dias antes da morte, a sogra de Larissa, Elizabete Arrabaça, estava procurando “chumbinho” para comprar.
Inicialmente, Elizabete afirmou à polícia que Larissa a havia convidado para conversar na noite anterior ao crime, pois ambas haviam perdido parentes recentemente. No entanto, a investigação revelou que esse encontro não ocorreu, levantando mais suspeitas sobre seu envolvimento.
Diante das evidências, a polícia solicitou e obteve a prisão preventiva de Luiz Antonio Garnica e de sua mãe.
Durante as investigações, foram apreendidos telefones celulares, que agora serão analisados para identificar a motivação do crime e possíveis provas adicionais.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o caso está sendo investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios da DEIC do DEINTER 3. A polícia segue realizando diligências para esclarecer os fatos.
Quem era Larissa Rodrigues?
Larissa cursou Educação Física na Universidade de Ribeirão Preto, cidade onde morava. Ela trabalhava em uma clínica de personal training, voltada para performance e bem-estar
Além disso, Larissa tinha uma cachorra chamada Pandora, de oito anos, que vivia com ela e o marido. Em suas redes sociais, o casal costumava compartilhar fotos de momentos em família.
Fonte: Redação