O fenômeno das bonecas reborn: de hobby a febre nas redes sociais

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O fenômeno das bonecas reborn - Foto: ShengX/Amazon

As bonecas reborn, réplicas hiper-realistas de recém-nascidos, têm conquistado cada vez mais espaço entre colecionadores e influenciadores digitais. O tema ganhou destaque recentemente após uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, que visitou uma loja especializada em Campinas (SP).

O espaço, que simula uma maternidade, oferece experiências como partos simulados, incubadoras e certidões de nascimento, tornando a compra das bonecas ainda mais imersiva.

O que são as bonecas reborn?

Criadas por artesãos especializados, as bonecas reborn passam por um processo minucioso de pintura e montagem. Cada detalhe é pensado para imitar um bebê real, desde a textura da pele até o implante fio a fio dos cabelos. Algumas versões mais sofisticadas chegam a simular batimentos cardíacos e respiração, aumentando ainda mais o realismo.

O nome “reborn”, que significa “renascido” em inglês, reflete esse processo artesanal.

Parto de bebês reborn — Foto: Reprodução

A exibição da reportagem no Fantástico impulsionou ainda mais o interesse pelo universo reborn. O programa mostrou colecionadoras que tratam as bonecas como filhos, trocando roupas, alimentando e até levando os bebês reborn para passeios.

A repercussão foi imediata, com debates sobre o significado emocional dessas bonecas e o preconceito que algumas colecionadoras enfrentam.

Celebridades e o universo reborn

O fenômeno das bonecas reborn não se limita a colecionadores anônimos. Celebridades como Xuxa, Sabrina Sato e Padre Fábio de Melo já compartilharam suas experiências com os bebês reborn.

Padre Fabio de Melo e Sabrina Sato com bebês reborn (Divulgação)

O padre Fábio de Melo, por exemplo, adotou uma boneca com Síndrome de Down em uma maternidade especializada nos Estados Unidos, homenageando sua mãe falecida.

Preconceito e aceitação

Apesar do sucesso, o colecionismo de bonecas reborn ainda enfrenta resistência. Muitas pessoas questionam o apego emocional às bonecas, especialmente quando adultos as tratam como bebês reais.

A psicóloga Leila Tardivo, da USP, explica que o apego às bonecas não é necessariamente um problema psicológico. “São gostos individuais. Por que julgamos uma mulher que coleciona bonecas, mas não um homem que coleciona super-heróis?”, questiona.

Com o crescimento da popularidade, o mercado de bonecas reborn tem se expandido. No Rio de Janeiro, vereadores aprovaram um projeto de lei para instituir o Dia da Cegonha Reborn, reconhecendo a importância do colecionismo e da arte envolvida na criação dessas bonecas.

O fenômeno reborn segue conquistando novos adeptos e desafiando preconceitos, mostrando que, para muitos, essas bonecas representam mais do que um simples brinquedo.

Fonte: Redação

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