Nos últimos dias, o fluxo de usuários de drogas na Cracolândia, no centro de São Paulo, diminuiu significativamente. Ruas que costumavam estar lotadas, como Aurora, Santa Ifigênia e General Osório, agora estão praticamente vazias. No entanto, a Prefeitura de São Paulo não informou para onde essas pessoas foram.
O que aconteceu com os usuários?
A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) atribui a redução do fluxo a ações integradas de saúde, assistência social, trabalho, zeladoria e segurança pública. Segundo a prefeitura, entre janeiro e março de 2025, foram realizadas mais de 29 mil abordagens e 7.500 encaminhamentos para serviços municipais.
Apesar disso, não há informações detalhadas sobre o destino dos usuários que costumavam ocupar a região.
Muro de 40 metros e críticas da Defensoria Pública
Em janeiro, a prefeitura construiu um muro de 40 metros para cercar a área onde os usuários se concentravam. A medida gerou forte repercussão e foi criticada pela Defensoria Pública de São Paulo, que classificou a estrutura como um “curral humano”.
O PSOL acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a demolição do muro, mas o ministro Alexandre de Moraes rejeitou a ação.
Situação atual na Cracolândia
Durante a madrugada desta terça-feira (13 de maio), pequenos grupos de usuários ainda podiam ser vistos na Rua Helvétia e na Alameda Glete, próximo ao Terminal Princesa Isabel. No entanto, o fluxo intenso que caracterizava a Cracolândia praticamente desapareceu.
No bairro do Bom Retiro, onde também costumavam circular muitos usuários, apenas algumas pessoas foram vistas na esquina da Rua Solon com a David Bigio.
A Cracolândia é um dos maiores desafios sociais da cidade de São Paulo, envolvendo questões de saúde pública, segurança e assistência social. Ao longo dos anos, diversas tentativas foram feitas para lidar com a situação, mas nenhuma conseguiu resolver o problema de forma definitiva.
A prefeitura afirma que continuará com as ações integradas na região, mas ainda não esclareceu o destino dos usuários que deixaram as ruas do centro.
Fonte: Redação