Nas últimas horas, Israel intensificou os ataques aéreos na Faixa de Gaza, resultando na morte de 80 pessoas, incluindo 22 crianças, segundo a Defesa Civil palestina. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo Hamas, informou que ainda há vítimas sob os escombros e nas ruas, aguardando resgate.
Ataques em Jabalia e Khan Younis
Médicos locais relataram que a maioria das vítimas desta quarta-feira (14 de maio) morreu em decorrência de bombardeios israelenses que atingiram várias casas na região de Jabalia, no norte de Gaza.
Na terça-feira (13 de maio), um ataque aéreo ao Hospital Europeu em Khan Younis, no sul do território palestino, matou 16 pessoas e deixou mais de 70 feridos. O Exército de Israel afirmou que o alvo era um centro de comando do Hamas, supostamente localizado abaixo do hospital. O grupo terrorista negou a acusação.
Netanyahu promete ofensiva total
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que seu Exército “irá até o fim” na ofensiva contra o Hamas. Em comunicado, ele afirmou que, mesmo que o grupo liberte novos reféns, a guerra continuará.
“Nos próximos dias, entraremos com todas as nossas forças para completar a ofensiva e subjugar o Hamas. Podemos fazer um cessar-fogo por um tempo determinado, mas iremos até o fim”, disse Netanyahu.
A declaração ocorre durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Oriente Médio.
Libertação de refém americano-israelense
Os ataques também acontecem dias após a libertação de Edan Alexander, refém americano-israelense que estava sob poder do Hamas desde outubro de 2023.
O Hamas afirmou que a libertação foi um gesto de boa vontade em relação a Trump e pediu que o governo americano intensifique os esforços para acabar com a guerra. No entanto, Netanyahu rejeitou qualquer possibilidade de cessar-fogo.
A escalada dos ataques frustra as tentativas de negociação de paz feitas por autoridades internacionais. Organizações humanitárias alertam para o agravamento da crise humanitária na região, com milhares de civis desabrigados e hospitais sobrecarregados.
A expectativa é que novos bombardeios ocorram nos próximos dias, conforme anunciado pelo governo israelense.