MEC proíbe cursos 100% EAD e veta ensino remoto em Direito, Medicina e outras graduações

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Governo estipula regras para EAD — Foto: Divulgação

O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta segunda-feira (19 de maio) um decreto que estabelece novas regras para a educação à distância (EAD) no ensino superior. A medida proíbe que cursos sejam 100% remotos e veta a modalidade EAD para Direito, Medicina, Odontologia, Enfermagem e Psicologia.

A decisão faz parte da Nova Política de Educação à Distância, que busca regulamentar o crescimento acelerado dos cursos on-line no Brasil.

O que muda com o decreto?

📌 Fim dos cursos 100% EAD – A partir de agora, todas as graduações precisarão ter pelo menos 20% da carga horária presencial. Isso pode ocorrer na sede da instituição ou em um campus externo, com professores e alunos fisicamente presentes.

📌 Criação da modalidade semipresencial – Cursos que combinam ensino remoto com atividades presenciais obrigatórias (como estágio, extensão ou práticas laboratoriais) passam a ser classificados como semipresenciais.

📌 Proibição do EAD em cinco graduações – Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia só poderão ser ofertadas no formato presencial. Outras áreas da saúde e licenciaturas poderão ser presenciais ou semipresenciais.

📌 Regras para polos de EAD – Universidades que oferecem cursos à distância precisarão garantir infraestrutura mínima nos polos, incluindo tecnologia adequada e laboratórios.

Como será a transição?

As novas regras não entram em vigor imediatamente. As instituições terão dois anos para se adaptar ao decreto.

📌 Estudantes já matriculados em cursos que deixarão de ser oferecidos à distância poderão concluir a graduação no formato original, sem mudanças.

📌 Atividades síncronas (aulas on-line ao vivo) serão contabilizadas como EAD, mas precisarão seguir um limite de 70 alunos por mediador e ter controle de frequência.

📌 Avaliações presenciais – Cada disciplina à distância deverá ter pelo menos uma prova presencial, que será a de maior peso na nota final.

A decisão do MEC ocorre após críticas sobre a qualidade dos cursos EAD, especialmente em áreas que exigem prática presencial.

Especialistas apontam que a medida pode reduzir a oferta de cursos e aumentar a demanda por infraestrutura nas universidades.

A expectativa é que as mudanças tragam mais controle e qualidade para o ensino superior, garantindo que os alunos tenham experiência prática adequada à formação profissional.

Fonte: Redação

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