MEC endurece regras para cursos EAD e exige mais aulas presenciais em Engenharia, Veterinária e Saúde

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Governo estipula regras para EAD — Foto: Divulgação

O Ministério da Educação (MEC) publicou uma nova portaria nesta terça-feira, 20 de maio, estabelecendo regras mais rígidas para cursos de Educação a Distância (EAD) no ensino superior. A medida exige que graduações das áreas de Saúde e Bem-Estar, Engenharia, Produção e Construção, Agricultura, Silvicultura, Pesca e Veterinária tenham pelo menos 40% da carga horária em atividades presenciais. Para outras áreas, como Administração, Economia e Comunicação, o percentual mínimo será de 30%.

Mudanças na estrutura dos cursos

Nenhuma graduação poderá ser totalmente à distância. Todas precisarão ter ao menos 20% da carga horária presencial ou em atividades síncronas mediadas, como aulas remotas ao vivo.

Cursos das áreas de Saúde, Engenharia e Veterinária precisarão oferecer 40% da carga horária presencial, enquanto outras áreas terão um mínimo de 30%.

Medicina, Enfermagem, Odontologia, Psicologia e Direito não poderão ser ofertadas nem no formato semipresencial.

Universidades precisarão garantir infraestrutura mínima nos polos de EAD, incluindo tecnologia adequada e laboratórios.

Implementação e impacto

As novas regras não entram em vigor imediatamente. As instituições terão dois anos para se adaptar à portaria.

Estudantes já matriculados em cursos que deixarão de ser oferecidos à distância poderão concluí-los no formato original.

Atividades síncronas mediadas deverão seguir um limite de 70 alunos por mediador e ter controle de frequência.

Cada disciplina à distância deverá ter pelo menos uma prova presencial, que será a de maior peso na nota final.

A decisão do MEC ocorre após críticas sobre a qualidade dos cursos EAD, especialmente em áreas que exigem prática presencial. Especialistas apontam que a medida pode reduzir a oferta de cursos e aumentar a demanda por infraestrutura nas universidades.

A expectativa é que as mudanças tragam mais controle e qualidade para o ensino superior, garantindo que os alunos tenham experiência prática adequada à formação profissional.

Fonte: Redação

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