A ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza deixou 23 mortos neste domingo (25 de maio), segundo o Ministério da Saúde do território, controlado pelo grupo Hamas. Entre as vítimas estão um jornalista palestino e um funcionário dos serviços de emergência, atingidos em bombardeios em diferentes regiões do enclave.
Os ataques ocorreram em Khan Yunis, no sul, Jabalia, no norte, e Nuseirat, no centro de Gaza. Em Jabalia, o jornalista Hassan Majdi Abu Warda morreu após um ataque aéreo atingir sua casa, junto com membros de sua família. Em Nuseirat, um bombardeio matou Ashraf Abu Nar, alto funcionário dos serviços de resgate, e sua esposa.
As Forças de Defesa de Israel ainda não comentaram os incidentes, mas a ofensiva militar tem sido intensificada nas últimas semanas.
Segundo o escritório de imprensa do governo de Gaza, 220 jornalistas palestinos foram mortos desde 7 de outubro de 2023. O governo também afirma que as forças israelenses controlam 77% da Faixa de Gaza, por meio de presença de tropas, ordens de evacuação e bombardeios que impedem o retorno dos moradores às suas casas.
Os grupos armados Hamas e Jihad Islâmica relataram ter realizado emboscadas e ataques contra as tropas israelenses, usando explosivos e foguetes antitanque.
Na sexta-feira, um bombardeio em Khan Yunis matou nove crianças, todas filhas de um casal de médicos, com idades entre 7 e 12 anos.
O conflito começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas em Israel e resultou no sequestro de 251 reféns levados para Gaza. Desde então, mais de 53.900 palestinos foram mortos, segundo as autoridades de saúde locais.
Além das mortes, a guerra devastou a infraestrutura do território, levando a uma crise humanitária severa. Organizações humanitárias alertam para uma desnutrição extrema em Gaza, com famílias enfrentando escassez de água, alimentos e medicamentos.
Fonte: Redação