Grupo de espionagem tinha Rodrigo Pacheco como alvo

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em imagem desta quarta-feira (15). O Senado aprovou a suspensão do pagamento da dívida do RS por três anos — Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi identificado como um dos alvos de interesse de um grupo de espionagem e extermínio investigado pela Polícia Federal (PF). O nome do parlamentar aparece em documentos e anotações apreendidos com os suspeitos, que se autodenominavam “Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos”.

Investigação e operação da PF

A operação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, cumpriu cinco mandados de prisão nesta quarta-feira (28 de maio). O grupo é suspeito de envolvimento no assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto com dez tiros em Mato Grosso.

Durante as investigações, a polícia descobriu um esquema de venda de sentenças judiciais, que envolvia tribunais estaduais e até o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Espionagem e tabela de preços

Os investigadores encontraram uma tabela de preços usada pelo grupo para monitorar autoridades e cidadãos comuns. Segundo os documentos apreendidos, os valores cobrados eram:

  • R$ 250 mil para espionar ministros do STF
  • R$ 150 mil para senadores
  • R$ 100 mil para deputados

Além disso, o grupo utilizava prostitutas como isca e registrava serviços prestados para chantagear alvos.

Reação de Rodrigo Pacheco

O senador Rodrigo Pacheco se manifestou sobre o caso, classificando a descoberta como estarrecedora e um ataque à democracia.

“Externo meu repúdio em razão da gravidade que representa à democracia a intimidação a autoridades no Brasil, com a descoberta de um grupo criminoso, conforme investigação da Polícia Federal, que espiona, ameaça e constrange, como se o país fosse uma terra sem leis. Que as autoridades competentes façam prevalecer a lei, a ordem e a competente investigação sobre esse fato estarrecedor trazido à luz.”

A PF segue analisando os documentos apreendidos para determinar a magnitude do monitoramento e os motivos que levaram o grupo a incluir Pacheco como alvo.

A operação faz parte da sétima fase da investigação sobre a venda de decisões judiciais e pode levar a novas prisões nos próximos dias.

Fonte: Redação

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