O mercado financeiro brasileiro está reagindo a diversos fatores nesta quinta-feira (29 de maio), com o dólar operando em queda de 0,54%, cotado a R$ 5,6641, e o Ibovespa recuando 0,45%, aos 138.258 pontos.
Um dos principais fatores que influenciam o mercado global é a decisão da Justiça dos Estados Unidos de bloquear a maioria das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump. A medida, que afeta mais de 180 países, foi considerada um excesso de autoridade por parte do governo americano.
O bloqueio é visto como positivo pelos investidores, pois reduz o risco de uma recessão global. Com isso, os futuros de Wall Street subiram e o dólar americano se fortaleceu.
Pressão contra aumento do IOF no Brasil
No Brasil, o governo enfrenta forte pressão para revogar o aumento do IOF. Já existem mais de 20 propostas no Congresso tentando derrubar a medida. O ministro Fernando Haddad alertou que, sem os R$ 20 bilhões previstos com a alta do imposto, será necessário fazer novos cortes no Orçamento.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que há um ambiente favorável à derrubada do decreto. No entanto, Haddad garantiu que a revogação não está em discussão no momento.
Dados do mercado de trabalho surpreendem
Outro fator que impacta os investidores é a divulgação da taxa de desemprego, que ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril, abaixo das projeções dos analistas. Além disso, o Caged revelou a criação de 257,5 mil empregos formais, o maior resultado para o período desde 2020.
Os dados indicam um mercado de trabalho aquecido, o que pode dificultar o controle da inflação e adiar cortes de juros pelo Banco Central.
No setor empresarial, as ações da Nvidia subiram após uma receita trimestral acima do esperado. Já a Azul, que entrou com um pedido de recuperação judicial nos EUA, teve seus papéis excluídos dos índices da B3.