Uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de São Paulo, nesta quinta-feira (29 de maio), para discutir a regulamentação do serviço de mototáxi por aplicativo, foi marcada por um episódio de agressão. O presidente do Sindicato dos Motoboys de São Paulo, Gil dos Motoboys, tentou estrangular o vereador Lucas Pavanato (PL) durante a sessão.
Debate sobre a regulamentação do mototáxi
O encontro tinha como objetivo debater a permissão ou proibição dos serviços de mototáxi operados por aplicativos na capital paulista. Pavanato defende a regulamentação, enquanto Gil é contra a liberação do serviço.
Durante seu discurso na tribuna, Pavanato criticou o sindicalista, chamando-o de “pelego” e afirmando que ele seria um representante do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que também se opõe à regulamentação.
“Só para parabenizar o prefeito, ele conseguiu a proeza de eleger o sindicalista pelego mais rejeitado pela categoria que diz representar. Isso é uma piada.”
Após o comentário, Gil se levantou e segurou o pescoço do vereador, sendo contido por outras pessoas presentes na audiência.
Confusão e suspensão da sessão
O episódio gerou vaias de sindicalistas e aplausos de mototaxistas pró-liberação, levando à suspensão da sessão por cinco minutos.
Ao retornar, a vereadora Renata Falzoni solicitou a retirada de um outro participante da audiência, ligado aos sindicalistas, que chamou Pavanato de “vagabundo”.
Segundo o presidente da Câmara, Ricardo Teixeira (União Brasil), Pavanato sofreu escoriações e teve sua camiseta rasgada.
Após o ocorrido, tanto o vereador quanto o sindicalista foram para a delegacia. Pavanato afirmou que registraria um boletim de ocorrência contra Gil.
“Eu tô com a camiseta rasgada, tô vermelho, com alguns cortes, porque ele me agarrou na hora da confusão e todo mundo viu que a agressão partiu dele.”
O vereador também criticou a postura do sindicalista, afirmando que o episódio prejudica o debate sobre a regulamentação do serviço de mototáxi.
Em nota, a Câmara Municipal de São Paulo repudiou o episódio e reforçou que o espaço do plenário deve ser utilizado para debates democráticos, e não para atos de violência.
“Concordamos com a democracia, não com a violência. Hoje, no plenário, o espaço para a palavra está aberto a todos que queiram contribuir para a melhor regulamentação dos mototáxis.”