O Hamas atribuiu o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, após 15 meses de guerra na região, aos esforços do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que toma posse na segunda-feira (20), e à atuação do enviado especial do republicano para o Oriente Médio, Steve Witkoff.
Em entrevista ao jornal al-Arabiya, o oficial sênior do Hamas, Bassem Naim, destacou a participação de Witkoff, afirmando que ele trabalhou nos últimos dias para superar os obstáculos nas negociações.
“Eu não poderia imaginar que isso seria possível sem a pressão do novo governo liderado pelo presidente Trump, porque seu enviado na região, Witkoff, esteve aqui nos últimos dias”, disse Naim. “[Ele] estava tomando conhecimento de todos os detalhes e de todos os obstáculos e exercendo pressão, especialmente sobre o governo israelense”.
Naim também responsabilizou o governo de Joe Biden pelo prolongamento do conflito. Segundo ele, a administração democrata foi “cúmplice” de Israel, diante de um apoio “ilimitado e inabalável” ao governo de Benjamin Netanyahu em ações contra os palestinos. Ele acusou Biden de contribuir militar, diplomática e politicamente para a continuidade da guerra.
O cessar-fogo, anunciado na última quarta-feira, recebeu aprovação inicial do Gabinete de Segurança de Israel nesta sexta-feira (17). O processo agora segue para as etapas finais de adesão aos termos negociados com o Hamas.
Fonte: Brasil247
