Passista da Grande Rio que teve braço amputado se inspira na Globeleza para ensaio de carnaval; fotos

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Alessandra Silva teve o braço amputado após erro médico — Foto: Reprodução

Passista da Grande Rio, Alessandra Silva, mais conhecida como a Barbie do Samba, fez um belíssimo ensaio de carnaval inspirada na Globeleza. A musa da Inocentes de Belford Roxo viveu uma tragédia pessoal quando teve o braço amputado, em fevereiro de 2023, numa cirurgia que deveria ser de retirada de um mioma. O responsável pela pintura corporal da passista foi o cabeleireiro e maquiador Eduard Fernandes.

Antes de ter o braço amputado, Alessandra trabalhava como trancista, sem poder exercer sua profissão, ela voltou a atuar como modelo e continua ensaiando na quadra das duas escolas de samba.

No ano passado, Alessandra ganhou o prêmio passista samba no pé na categoria passista da superação: “Pra mim esse prêmio representa muita coisa, não só o reconhecimento da arte do samba, mais também toda a luta que enfrentei pra chegar até aqui”.

“Eu era daquelas crianças que sempre iam maquiadas para o colégio”, lembrou em entrevista ao EXTRA em 2023, poucos meses após perder o membro. Aos 14 anos, e já com quase seus atuais 1, 83m de altura, ela era a única negra no badalado curso de modelos dado pelo ex-coreógrafo da Xuxa, o uruguaio Oswald Berry. Mas a vida e o samba a afastaram das fotos e passarelas. Hoje, após viver uma tragédia pessoal, ao ter o braço amputado depois de ter se internada, em fevereiro, para uma cirurgia de retirada de um mioma, Alessandra retoma seu antigo sonho.

“Quando saí do hospital, eu não queria fazer nada e só ficava deitada. Quando a gente passa por uma tragédia dessas, começa a achar que a vida acabou ali. Mas minha mãe me dava força, dizia que eu tinha que reagir, levantar, sair e ver gente. E é isso que estou fazendo, tentando me reerguer. Como não posso mais exercer minha profissão, voltei a sonhar com uma carreira de modelo”, diz Alessandra, que tem contado com o apoio e a experiência do fotógrafo e amigo Yuri Graneiro nessa busca:

“‘Como vou ser modelo nessa situação?’, eu perguntava, e ele me dizia que era possível. Hoje, felizmente, o mercado tem uma representatividade muito maior, e as pessoas com algum tipo de deficiência também precisam estar representadas. Quero servir de inspiração”.

Apelido de modelo, Alessandra Silva sempre teve: Naomi Campbell. Seja no salão em Caxias, na Baixada Fluminense, em que trabalhava como trancista e implantista capilar, atividade que não consegue mais exercer depois da amputação, ou na quadras das escolas de samba, onde há 19 anos ocupa o cargo de passista.

Fonte: Extra

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