Macron comanda hoje reunião de países dispostos a enviar tropas para a Ucrânia

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Macron se dirige aos franceses via rede de televisão (Foto: Reuters)

O presidente francês Emmanuel Macron se reunirá nesta terça-feira (11), em Paris, com os chefes de gabinete dos países europeus dispostos a enviar tropas para a Ucrânia se a paz for assinada com a Rússia.

Na semana passada, Macron anunciou esta reunião em um discurso televisionado no qual evocou o conflito na Ucrânia, acusou a Rússia de representar uma ameaça e abordou as consequências da mudança de visão nos Estados Unidos após a chegada de Donald Trump à Casa Branca em 20 de janeiro.

Referindo-se ao apoio contínuo de Paris a Kiev, apesar da decisão de Washington de negociar a paz diretamente com Moscou, o líder mencionou a reunião com chefes militares sem dar detalhes sobre os participantes.

Ele apenas disse que altos funcionários de países dispostos a assumir a responsabilidade pelo envio de tropas europeias para a Ucrânia estariam presentes, um cenário rejeitado pela Rússia, que alertou sobre as consequências de tal ação.

Segundo Macron, essas forças não realizariam missões de combate nem iriam para o front, e seu deslocamento dependeria da assinatura de um acordo de paz, com o suposto objetivo de oferecer garantias de segurança a Kiev.

Nas últimas horas, soube-se que o Ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, se reunirá nos próximos dias com seus colegas da região para abordar mais precisamente a questão promovida pelo Presidente francês e pelo Primeiro-Ministro britânico, Keir Starmer, que organizarão uma conferência virtual sobre o assunto no sábado.

O encontro de Macron com os chefes do Estado-Maior militar europeu hoje coincide com as negociações na Arábia Saudita entre o presidente ucraniano Vladimir Zelensky e uma delegação dos EUA liderada pelo secretário de Estado Marco Rubio para discutir o fim do conflito.

Para o alto funcionário de Washington, um cessar-fogo não pode ser acordado sem concessões de ambas as partes, em um processo que parece complicado dada a situação no terreno, marcada pelo progresso russo na frente de batalha e pelo fim da ajuda dos EUA a Kiev como instrumento de pressão.

Fonte: Brasil247

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