O caçador Magnilson da Silva Araújo, de 34 anos, foi encontrado vivo após mais de 50 dias desaparecido em uma área de mata no interior do Amazonas. Segundo relato do irmão, Magnilson afirmou que foi encantado por uma entidade da floresta, que se apresentava como “mãe da mata”.
Magnilson desapareceu no dia 7 de abril, durante uma caçada na região do km 50 da rodovia AM-352, que liga os municípios de Manacapuru e Novo Airão. Ele estava acompanhado de outros dois comunitários, mas decidiu seguir sozinho por um caminho diferente. Desde então, não havia sido mais visto.
O irmão de Magnilson, Francisco da Silva Araújo, contou que o caçador relatou brevemente o que aconteceu durante o desaparecimento. Segundo ele, Magnilson passou a acreditar que estava sendo guiado por uma entidade.
“Ele só falou que estava encantado. Tinha uma mulher que chamava, e ele saiu buscando essa mulher que levava ele e dizia que era a ‘mãe da mata’. Ele estava atordoado, andava, andava e voltava para o mesmo lugar. Tentou se matar, mas não tinha mais cartuchos. Então ele orou e disse que Deus o guiou até a casa de uma pessoa evangélica, onde foi encontrado.”
Na manhã da quarta-feira (28 de maio), Magnilson reapareceu em uma área de mata no Ramal do Tumbira, cerca de 5 km do ponto onde foi visto pela última vez. Desidratado e debilitado, ele surgiu próximo a uma residência e pediu ajuda.
Moradores da região acolheram o caçador e lhe ofereceram comida. No entanto, devido ao estado de fraqueza, ele passou mal após se alimentar e precisou ser levado pelo Corpo de Bombeiros a uma unidade hospitalar.
Equipes do Corpo de Bombeiros de Novo Airão e Manaus atuaram nas buscas por mais de dez dias, com auxílio de cães farejadores, mas nenhuma pista havia sido encontrada até então.
Após o resgate, a família que acolheu Magnilson fez uma publicação nas redes sociais, e foi por meio dela que os parentes ficaram sabendo que ele estava vivo.
Durante o reencontro, uma familiar emocionada gravou um vídeo relatando o estado dele e agradecendo pelo apoio recebido:
“Ele tá aqui! Obrigada por todo apoio e oração. Deus botou a mão na vida dele e ele está vivo até hoje.”
Magnilson segue internado em uma unidade de saúde em Manacapuru, onde recebe cuidados médicos para se recuperar da desidratação e fraqueza extrema.
