Um grupo de capivaras azuis foi visto às margens do Córrego das Tulipas, em Jundiaí (SP), após um acidente ambiental que causou o derramamento de corante na água. Além dos grandes roedores, patos, gansos e peixes também foram encontrados com a coloração azulada.
Como ocorreu o acidente?
Na terça-feira (13 de maio), uma carreta carregada com corante bateu em um poste, derramando cerca de 2 mil litros do produto químico. A substância atingiu ruas e o córrego do bairro Jardim Tulipas, deixando a água com uma forte coloração azul.
O corante é utilizado para tingir embalagens, como caixas de ovos, e possui um odor intenso.
Resgate dos animais e impacto ambiental
Equipes da Associação Mata Ciliar estavam em busca da família de capivaras que vive na região e conseguiram localizá-las nesta quinta-feira (15 de maio).
A entidade já havia resgatado três gansos e um pato, que passaram por procedimentos de desintoxicação. Segundo a veterinária Yasmin Canja, os animais estão bem, mas serão monitorados para evitar possíveis complicações.
Peixes mortos foram encontrados no córrego, todos com coloração azul, indicando que o impacto ambiental pode ter sido maior do que o esperado.
Medidas de contenção e investigação
A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) foi acionada e acompanha a ocorrência. Técnicos da agência estão realizando ações emergenciais para conter o produto químico e minimizar os danos ao meio ambiente.
O Ministério Público abriu um inquérito para investigar o caso e avaliar possíveis responsabilidades da empresa transportadora.
A Prefeitura de Jundiaí informou que a empresa poderá ser responsabilizada após os órgãos ambientais contabilizarem os danos causados à fauna e à flora.
Contaminação avança para o Rio Jundiaí
A Cetesb confirmou que o corante já chegou ao Rio Jundiaí, que abastece cidades da região. A Prefeitura de Indaiatuba interrompeu a captação de água do rio como medida preventiva, enquanto Itupeva segue monitorando a situação.
A expectativa é que novas medidas sejam adotadas para garantir a recuperação da área e evitar danos ambientais prolongados.
Fonte: Redação
