A guerra comercial entre Estados Unidos e China se intensifica com o anúncio de novas tarifas pelos norte-americanos, levando o dólar a ser cotado a mais de R$ 6 nesta terça-feira (8). O aumento de 50% nas taxas para importações chinesas foi confirmado pela Casa Branca e entrará em vigor a partir desta quarta-feira (9). Agora, os produtos do país asiático enfrentarão tarifas acumuladas de 104% ao entrarem nos EUA.
O movimento gerou turbulências nos mercados globais e pressionou o principal índice acionário brasileiro, o Ibovespa, que registrou queda de 1,42% ao atingir 123.799 pontos. A moeda americana, que já vinha em alta, alcançou R$ 6,002 em sua cotação máxima do dia.
Em resposta às tarifas, o governo chinês declarou que não recuará e está pronto para retaliar, embora tenha reforçado que “não há vencedores em uma guerra comercial”. O Ministério do Comércio da China ainda anunciou restrições à exportação de terras raras, essenciais para a fabricação de tecnologias avançadas, como chips eletrônicos, o que poderá agravar ainda mais a situação econômica global.
O impacto nos mercados financeiros já é visível. Especialistas alertam que o aumento de preços dos produtos, combinado com a redução da demanda, pode levar a uma desaceleração econômica global, com possibilidade de recessão nos Estados Unidos. O protecionismo tarifário, iniciado com as ações do governo de Donald Trump, também afeta as grandes economias da Europa e Ásia.
As próximas semanas serão cruciais para a tentativa de negociações comerciais. Enquanto isso, investidores e governos seguem atentos ao desenrolar deste conflito, que já está reconfigurando relações econômicas e geopolíticas ao redor do mundo.
Fonte: Redação