A economia dos Estados Unidos registrou uma retração de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025, segundo dados preliminares divulgados pelo Departamento de Comércio. O resultado contrasta com o crescimento de 2,4% registrado no último trimestre de 2024 e reflete os impactos da política tarifária do presidente Donald Trump, que completou 100 dias no cargo.
A queda no PIB foi impulsionada por um aumento significativo nas importações de bens, que cresceram 41,3%, o maior índice desde o auge da pandemia em 2020. Empresas americanas intensificaram a compra de mercadorias do exterior para evitar os custos adicionais das tarifas impostas por Trump.
Esse movimento resultou em um déficit comercial recorde de US$ 162 bilhões, que reduziu o PIB em 4,83 pontos percentuais. Embora as exportações tenham registrado um aumento modesto, de US$ 2,2 bilhões, o crescimento foi insuficiente para compensar o impacto das importações.
Outro fator que contribuiu para a retração econômica foi a redução nos gastos do governo federal, reflexo dos cortes agressivos promovidos pela administração Trump. Esses cortes resultaram no fechamento de programas e demissões em massa, afetando diretamente o consumo e os investimentos públicos.
A divulgação dos dados gerou preocupações no mercado financeiro, com os principais índices de Wall Street registrando quedas nesta quarta-feira (30). Economistas alertam que as tarifas podem aumentar os custos para empresas e famílias, agravando a desaceleração econômica nos próximos meses.
Apesar disso, Trump defendeu sua política tarifária, afirmando que a contração econômica não está relacionada às tarifas e que os índices irão prosperar no futuro. Em publicação nas redes sociais, o presidente declarou: “Nosso país prosperará, mas precisamos nos livrar do ‘excesso’ de Biden. Isso levará um tempo, mas o boom será como nenhum outro. SEJAM PACIENTES!!!”
Especialistas apontam que a economia americana enfrenta um cenário desafiador, com a confiança do consumidor próxima dos níveis mais baixos em cinco anos e o sentimento empresarial em queda. A expectativa é de que o Federal Reserve adote medidas para estimular o crescimento, como cortes nas taxas de juros ao longo do ano.
Fonte: Redação
