EUA anunciam escudo antimísseis de R$ 1 trilhão inspirado no sistema de defesa de Israel

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Cartazes mostram simulação de como será o Domo de Ouro — Foto: AP Photo/Mark Schiefelbein

O presidente Donald Trump anunciou nesta terça-feira (20 de maio) o projeto do “Domo de Ouro”, um sistema de defesa antimísseis inspirado no “Domo de Ferro” de Israel. O programa, desenvolvido pelo Pentágono, está avaliado em US$ 175 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) e tem previsão de conclusão até 2029, último ano do mandato de Trump.

Como funcionará o Domo de Ouro?

O sistema foi concebido para detectar e interceptar mísseis em quatro estágios principais:

  1. Antes do lançamento, identificando ameaças potenciais.
  2. No estágio inicial do voo, impedindo que o míssil ganhe altitude.
  3. No meio do caminho, garantindo que não avance em direção ao alvo.
  4. Nos minutos finais, destruindo o míssil antes do impacto.

Para isso, o projeto prevê o uso de satélites de vigilância e ataque, além de sensores terrestres e interceptadores espaciais.

O financiamento do Domo de Ouro ainda não está garantido. Legisladores republicanos propuseram um investimento inicial de US$ 25 bilhões, dentro de um pacote de defesa de US$ 150 bilhões, mas a aprovação enfrenta obstáculos no Congresso.

O Escritório de Orçamento do Congresso estimou que apenas os componentes espaciais do sistema podem custar até US$ 542 bilhões nos próximos 20 anos.

Especialistas do setor também questionam a viabilidade do prazo estabelecido por Trump. Segundo Tom Karako, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, o projeto pode levar 10 anos para ser concluído, dependendo da capacidade tecnológica e do financiamento disponível.

Reação internacional

O anúncio do Domo de Ouro gerou preocupações internacionais. O governo da China afirmou que o projeto representa um risco de “guerra no espaço”, enquanto a Rússia sugeriu a retomada de conversas sobre o controle de armas nucleares.

O sistema de defesa dos EUA se inspira no Domo de Ferro de Israel, que já interceptou milhares de foguetes desde sua ativação. O modelo israelense calcula a trajetória dos ataques e lança mísseis interceptores para neutralizar as ameaças antes do impacto.

Fonte: Redação

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