Os governos dos Estados Unidos e da China iniciam neste sábado (10 de maio) uma rodada de negociações em Genebra, Suíça, para discutir a guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo. O encontro marca o primeiro passo para tentar resolver as disputas comerciais que se intensificaram nos últimos meses, após o presidente americano Donald Trump elevar as tarifas sobre produtos chineses para 145%.
Guerra tarifária
A escalada das tarifas começou no chamado “Dia da Libertação”, quando Trump anunciou aumentos significativos nas taxas de importação de mais de 180 países, incluindo a China. Em resposta, o governo chinês impôs uma tarifa de 125% sobre produtos americanos, aprofundando o impasse comercial.
O encontro deste sábado reunirá o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o negociador-chefe de comércio dos EUA, Jamieson Greer, que se encontrarão com o czar econômico da China, He Lifeng, para discutir possíveis ajustes nas tarifas e um caminho para a redução das barreiras comerciais.
Declarações de Trump e expectativas para o encontro
Na quinta-feira (8 de maio), Trump afirmou que espera uma reunião “amigável” e negociações “substanciais”. No entanto, na sexta-feira, o presidente americano declarou que tarifas de 80% sobre produtos chineses “parecem corretas”, sugerindo que pode haver resistência em reduzir as taxas de forma significativa.
Em sua conta na plataforma Truth Social, Trump mencionou que a decisão sobre a redução das tarifas “é do Scott B”, referindo-se ao secretário do Tesouro. Ele também defendeu que a China “deveria abrir seus mercados para os EUA”, alegando que “mercados fechados não funcionam mais”.
Posição da China
O Ministério do Comércio da China declarou no início do mês que estava avaliando a proposta dos EUA para iniciar conversas sobre a guerra comercial, mas exigiu que Washington demonstrasse “sinceridade” e estivesse disposto a “corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais”.
A expectativa é que as negociações avancem em busca de um acordo que possa aliviar as tensões comerciais e evitar impactos negativos na economia global.
Fonte: Redação