O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió, Alagoas. A prisão ocorreu às 4 horas da manhã, enquanto Collor se deslocava para Brasília para cumprir espontaneamente a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, o ex-presidente está custodiado na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana.
Condenação e contexto jurídico
A prisão de Collor foi determinada pelo STF após a rejeição de um segundo recurso apresentado por sua defesa. Em maio de 2023, o ex-presidente foi condenado a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um esquema relacionado à BR Distribuidora, atual Vibra. A denúncia surgiu no âmbito da Operação Lava Jato, com base na delação premiada de Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC.
Além da pena de prisão, Collor foi condenado a pagar 90 dias-multa, indenizar a União em R$ 20 milhões, solidariamente com outros réus, e está proibido de exercer cargos públicos por um período equivalente ao dobro da pena.
Trajetória política e impacto da prisão
Fernando Collor, que foi presidente do Brasil entre 1990 e 1992, já havia enfrentado um processo de impeachment durante seu mandato. Sua prisão marca mais um capítulo na trajetória política do ex-presidente, que foi envolvida em diversas controvérsias ao longo dos anos.
A decisão do STF reforça o alcance da Operação Lava Jato e sinaliza o compromisso do Judiciário com a responsabilização de agentes públicos envolvidos em corrupção. A prisão de Fernando Collor reacende o debate sobre a efetividade das instâncias judiciais no combate à impunidade e na preservação da integridade das instituições democráticas.
Fonte: Redação