A brasileira Barbara Zandômenico Perito tornou-se alvo de uma campanha de difamação internacional promovida por seu ex-namorado, o advogado e empresário italiano Nunzio Bevilacqua. Após o fim do relacionamento, ele foi à imprensa da Itália alegando, sem provas, que Barbara fazia parte de uma seita criminosa que engravida mulheres para lucrar com pensões alimentícias.
A acusação sem fundamento
Em entrevistas à RAI, principal emissora de TV da Itália, e a outros veículos do país, Nunzio afirmou ter recebido uma denúncia anônima alegando que a gravidez de Barbara teria sido fruto de orgias e ritos satânicos. Segundo ele, a suposta seita criaria “crianças sobrenaturais” para serem vendidas caso não atingissem seus objetivos.
Nunzio envolveu na narrativa membros do Ministério Público de Santa Catarina, grupos religiosos, médicos e políticos, além dos próprios familiares de Barbara.
A resposta de Barbara e sua defesa
Barbara nega todas as acusações e afirma que Nunzio criou uma história absurda para prejudicá-la.
“Eu não faço parte de seita nenhuma. Não existiu golpe de nenhum tipo. Existia um relacionamento que não deu certo e, desse relacionamento, existe uma criança — que é saudável, minha filha, filha dele, que vive e está aí. É isso que existe nessa história”, declarou Barbara.
O advogado de Barbara, Vitor Poeta, pediu que Nunzio seja responsabilizado criminalmente por calúnia, difamação e perseguição (stalking). Segundo ele, o italiano atenta contra instituições brasileiras, religiões e contra a própria filha, uma menor de idade.
Processo criminal e medidas protetivas
A Justiça Federal concedeu a Barbara medidas protetivas, proibindo Nunzio de se aproximar dela e de seus familiares caso venha ao Brasil. A distância mínima imposta pela decisão judicial é de três quilômetros.
Além disso, o empresário está proibido de contatar Barbara e seus familiares por qualquer meio de comunicação.
Repercussão na imprensa italiana
No ano passado, uma equipe de reportagem italiana veio ao Brasil e gravou imagens de Barbara e da criança na rua. A jornalista Roberta Rei, do canal Itália Um, reconheceu o absurdo da situação e sugeriu que um novo teste de DNA poderia encerrar o caso.
A emissora RAI, que divulgou as acusações de Nunzio, não respondeu aos contatos do programa Fantástico, da TV Globo.