A primeira-dama Janja Lula da Silva se manifestou nesta terça-feira (15) nas redes sociais pedindo urgência na regulamentação das plataformas digitais, após a morte de Sarah Raíssa, de apenas 8 anos. A menina morreu no Distrito Federal após inalar desodorante em um suposto desafio divulgado no TikTok.
“Infelizmente, a vida de mais uma criança foi levada pela falta de regulamentação das redes sociais”, escreveu Janja em seu perfil no Instagram. Ela também divulgou um vídeo reforçando a necessidade de acelerar a votação do projeto de lei que trata da regulação das plataformas.
“As redes sociais precisam de regras. Não podem ser terra de ninguém e colocar em risco a vida das nossas crianças”, afirmou a primeira-dama. Segundo ela, o tema é “urgentíssimo”.
Tragédia no DF
Sarah Raíssa Pereira foi hospitalizada na última quinta-feira (10), após inalar o gás de um desodorante aerossol. A menina teve uma parada cardiorrespiratória e, apesar de ter sido reanimada, não apresentou reflexos neurológicos. A morte cerebral foi constatada dias depois.
O caso ocorreu em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal. De acordo com a Polícia Civil, foi aberto um inquérito para apurar as circunstâncias da tragédia, incluindo como a criança teve acesso ao conteúdo do desafio e quem são os responsáveis pela sua divulgação.
Pressão sobre o Congresso
O episódio reacende a discussão sobre a responsabilidade das plataformas digitais em relação aos conteúdos publicados. Em tramitação no Congresso desde 2020, o chamado Projeto de Lei das Fake News visa justamente estabelecer regras para a atuação de empresas como TikTok, Instagram, YouTube e outras.
O texto está parado desde 2023 na Câmara dos Deputados, onde enfrenta resistência de parlamentares da oposição e de representantes das big techs, que alegam risco à liberdade de expressão.
Inicialmente previsto para votação em plenário, o projeto foi encaminhado para uma comissão especial, que ainda não foi instalada.
Fonte: Redação