Em um cenário de crescente instabilidade econômica global, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a solidez econômica do Brasil. Durante um evento em Cajamar, São Paulo, nesta segunda-feira (7), o líder destacou as reservas internacionais do país, acumuladas durante seu governo anterior, como um “colchão de segurança” contra crises no mercado financeiro.
Lula ressaltou que o Brasil acumulou aproximadamente US$ 370 bilhões em reservas internacionais, depois de pagar uma dívida externa de US$ 30 bilhões. Para ele, essas reservas conferem uma “tranquilidade” ao governo, permitindo enfrentar adversidades no cenário global. “Mesmo o presidente Trump falando o que ele quer falar, o Brasil está seguro porque nós temos um colchão de US$ 350 bilhões que dá ao Brasil e ao [ministro da Fazenda] Fernando Haddad uma certa tranquilidade”, comentou Lula.
Tensões entre potências globais afetam mercado brasileiro
O discurso aconteceu no mesmo dia em que tensões comerciais entre Estados Unidos e China abalaram os mercados financeiros. Em resposta às tarifas impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros e chineses, a China retaliou com medidas equivalentes, intensificando o conflito. O impacto foi sentido no Brasil, onde o dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,91, enquanto o índice Ibovespa caiu 1,31%.
Apesar das adversidades, Lula enfatizou que a construção de um Brasil mais igualitário não depende das ações de outras nações, mas sim do esforço dos próprios brasileiros.
Essa mensagem reflete a confiança do governo em sua capacidade de navegar por turbulências econômicas, reafirmando seu compromisso com o fortalecimento e a autonomia da economia brasileira. Em tempos de incerteza, as reservas internacionais são vistas como uma importante âncora de estabilidade para o país.