O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que a defesa do ex-presidente Fernando Collor apresente, em até 48 horas, documentos médicos que comprovem problemas de saúde. A decisão visa avaliar a possibilidade de conceder prisão domiciliar ao político, que atualmente cumpre pena em um presídio de Maceió. Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por envolvimento em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, no âmbito da Operação Lava Jato.
A defesa de Collor argumenta que o ex-presidente, de 75 anos, sofre de comorbidades como Parkinson, apneia do sono e transtorno bipolar, o que justificaria a prisão domiciliar por razões humanitárias. Moraes determinou que sejam apresentados prontuários, históricos médicos e exames realizados anteriormente, garantindo sigilo sobre os documentos para preservar a intimidade do ex-presidente.
Collor foi acusado de receber R$ 20 milhões em propina entre 2010 e 2014, em troca de apoio político e indicações para cargos na BR Distribuidora, atual Vibra Energia. A denúncia foi baseada na delação premiada de Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC. Após o trânsito em julgado da condenação, Collor foi preso na última sexta-feira.
A decisão de Moraes ocorre enquanto a defesa busca comprovar a necessidade de prisão domiciliar. O STF aguarda a apresentação dos documentos para decidir sobre o pedido. Enquanto isso, Collor permanece detido no presídio de Maceió.
Fonte: Redação