O Poço Superprofundo de Kola: um marco da engenharia soviética

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Tampa do Poço Superprofundo de Kola foi limpada por voluntários no verão russo de 2022 • Alexander Novikov/Creative Commons

O Poço Superprofundo de Kola, na Rússia, é reconhecido como o buraco artificial mais profundo já cavado, alcançando impressionantes 12.262 metros. Iniciado em 1970, durante a Guerra Fria, o projeto tinha como objetivo explorar a crosta terrestre para fins científicos, demonstrando a capacidade tecnológica soviética. Ao longo de duas décadas, a perfuração revelou descobertas surpreendentes, como a presença de água líquida em profundidades extremas, fósseis microscópicos com bilhões de anos e composições rochosas inesperadas.

Apesar dos avanços, o projeto enfrentou desafios significativos. As temperaturas no fundo do poço chegaram a cerca de 180°C, quase o dobro do esperado, o que danificava os equipamentos de perfuração e tornava o progresso extremamente caro e difícil. Além disso, o colapso da União Soviética em 1991 resultou no corte de financiamento estatal, levando à interrupção oficial da perfuração em 1992.

Com o passar dos anos, as estruturas de superfície do poço ruíram devido à falta de manutenção e às condições climáticas adversas. Por questões de segurança, o poço foi selado permanentemente com uma tampa de metal em 2008. Apesar de seu fim prematuro, o Poço Superprofundo de Kola deixou um legado científico importante, fornecendo dados únicos sobre a geologia profunda da Terra que continuam a ser relevantes para pesquisadores.

Fonte: Redação

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